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quinta-feira, 17 de março de 2011

ONG - PROAÇÃO

APRESENTAÇÃO


Razão Social
Núcleo de Composição de Parcerias em Projetos & Ações -"O Proação"
Constituição
22 de agosto de 2005
Registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
sob o n 119.881, no livro A
Registro no Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte
CMAS, sob o nº 713-06
Registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
CMDCA, sob o nº 00212-01
Registro no Fundo da Infância e Adolescência
FIA, sob o nº 2688-06
Certificado de Utilidade Publica Municipal
Lei nº 9.498 de 22/01/08.
Certificado de Utilidade Publica Estadual
Lei nº 17.277/07 de 29/12/07
Cadastro geral de convenentes
CAGEC - CRC 5396
CNPJ
076292870001-62
Inscrição Estadual
isento
Objetivo Geral do Projeto

Diminuir as diferenças sociais existentes, promovendo a inserção de crianças, adolescentes, jovens e adultos na sociedade, possibilitando-lhes oportunidades em igualdade de condições e, consequentemente, contribuindo para a diminuição da criminalidade.





ADMINISTRAÇÃO

      Presidente         
 
Ângela Maria Proença


  
A IDEALIZADORA

UM POUCO SOBRE ÂNGELA PROENÇA - Presidente do PROAÇÃO.

Mineira, natural de Belo Horizonte, ANGELA MARIA PROENÇA passou sua infância em Oliveira, e só voltou para Belo Horizonte aos 16 anos de idade. Atualmente Ângela é casada, mãe de dois filhos e possui três netos. Corajosa, não tem medo de nada. Administra a casa, os filhos, o marido, paparica os netos e até mesmo suas vaidades.
Convicta de que "Ser Humano precisa ser humano", Ângela acredita que só iremos encontrar solução ou minimização decente de nossos problemas sociais, se, efetivamente trabalharmos juntos e complementarmente.
Por isso, fundou O PROAÇÃO. "Composição de Parcerias": reunir pessoas físicas, empresas públicas e privadas, enfim, todos que queiram participar e colaborar com a garantia, o exercício e a vivência do direito à cidadania, especialmente o público infanto-juvenil desprovidos de recursos e oportunidades.



Vice Presidente

Maria Inês Chaves de Andrade
Coordenadores
Alysson Eloy
Aparecida Joyce Almeida

 

Entrevista com o Coordenador Alysson Eloy da ONG PROAÇÃO dia 16/03/2011


Entrevistado:
Alysson Eloy
Coordenador da ONG PROAÇÃO.

Entrevistadores:

Adriano Rodrigues
André Luiz de Souza
Carlos Augusto
Flavio Oliveira
Rodolfo Puff
Sheila Augusta de O. Santos
Stanley Patrick
Welington Soares

Entrevistadores: Primeiramente, agradecemos pelo fato de ter aceitado ser entrevistado pelo nosso grupo, para iniciarmos nossa conversa conduza, portanto, um retrato “falado” sobre os espaços físicos disponíveis na ONG.
Alysson: Obrigado, Temos uma brinquedoteca, uma sala de Inglês e reforço, uma sala de Dança, uma sala de música, uma sala de psicologia, uma sala para a coordenação, uma para a diretoria, Cozinha e três banheiros.

Entrevistadores: Como são adquiridos os materiais utilizados pela ONG?
Alysson: Através de Doações

Entrevistadores: Qual o número de pessoas atendidas e o horário de funcionamento da ONG?
Alysson: Em média de 250 à 270 pessoas, de 8 às 17:00 horas.

Entrevistadores: Quais são os parceiros da ONG?
Alysson: Temos parceiros que nos cedem espaços Físicos para a prática de certas atividades. São eles a Creche Amélia Crispin, colégio Abgar Renault e colégio Frederico Ozanan e escola de natação Pingo D’água e outros.

Entrevistadores: Qual a faixa etária predominante atendida pela ONG?
Alysson: Crianças e Adolescentes

Entrevistadores: Como a ONG é mantida?
Alysson: A maior parte da  renda é proporcionada pelo evento “ PROAÇÃO FASHION DAY” organizado anualmente pela própria entidade, de parceiros tais como EMIVE, sócios fraternos e outros.

Entrevistadores:  Quais são as atividades desenvolvidas pela ONG?
Alysson: As atividades são: Ballet Clássico, violão, teclado, Street Dance, Dança de Salão, Futebol, Grafitagem, Ginástica Localizada, Ginástica da Terceira Idade, Amigos do Peso, Inglês, Reforço Escolar, Atendimento psicológicos, Psico-Pedagogo, Fonoaudiologia e outros.

Entrevistadores: Qual a quantidade de profissionais da ONG e qual o vínculo dos mesmos?
Alysson: Contamos com: 5 professores de Ballet,1 de Teclado e Violão, 1 de Reforço Escolar, 1 de Inglês, 1 de Dança de Rua, 3 Psicólogos, 1 Nutricionista, 1 Fonoaudióloga e Psico-Pedagoga, 1 Grafite e 1 para Ginástica Localizada. Todos são Voluntários.

Entrevistadores: A ONG possui atividades Extras?

Alysson: “Sim, fazemos doações de Cestas Básicas para família carentes e coordenamos a entidade Filhas de Nazaré” no bairro Prado que cuida de crianças até a idade de 12 anos.

Entrevistadores: A ONG tem parcerias para encaminhar os Adolescentes para o mercado de trabalho?
Alysson: Ainda não temos parceiros, apesar de já termos tentado com o SENAI e com Deputados e Vereadores não obtivemos sucesso.

Entrevistadores: Quais eventos a ONG promove?
Alysson: A ONG promove anualmente o Proação Fashion Day, o festival de fim de ano entre outros.

Entrevistadores: Como pessoas de fora podem ajudar?
Alysson: Você pode ajudar O PROAÇÃO em seus projetos que ajudam na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, tornando-se um sócio fraterno. Para maiores informações visite nosso site www.projetoproacao.com.br

Entrevistadores: Obrigado pelas considerações. A entrevista foi bastante elucidativa e servirá como ponto de interpretação sobre a ONG PROAÇÃO, deixamos aqui um apelo para que todos aqueles que se interessem em conhecer mais sobre a ONG PROAÇÂO e seu magnifico trabalho visitem o site www.projetoproacao.com.br.
Alysson: Acho também que a mesma foi muito válida e espero ter contribuído para o conhecimento do trabalho aqui realizado. Foi também um imenso prazer...


CONHEÇA MAIS SOBRE A ONG PROAÇÃO, CLIQUE NO LINK ABAIXO.

www.projetoproacao.com.br


DESCOBRINDO A ADOLESCÊNCIA

         Definir essa fase da vida se torna cada vez mais difícil nos dias de hoje em que mais cedo se entra nessa nesse período. O indivíduo chega nesse momento totalmente cheio de duvidas, medos e ao mesmo tempo com uma vontade louca de descobrir mais e mais coisas a respeito desse momento. É a fase onde a pessoa não sabe se deve continuar com os resquícios da infância ou se deve ser adulto e enfrentar as responsabilidades, se está na hora de continuar com os brinquedos ou se esta na hora de começar a trabalhar e ganhar o próprio sustento se vê atraído pelo novo mundo de possibilidades a sua frente porem ainda pede “colo de mãe” nas dificuldades. É um ser que sofre com transformações físicas e psicológicas a todo o momento e ainda tem de aprender a administrar tudo isso. É o momento onde os olhares mudam em relação a tudo, escola, amigos, família amores... (Risos). Os pais são vilões e base ao mesmo tempo. Tudo vindo deles é chato “Um Mico Pai” porem são eles que dão norte a todos essas dúvidas e os deixam livres para voarem em busca de seus próprios objetivos. Adolescência pode ser comparada a transição, mudança e é o princípio de um novo rumo na vida de qualquer jovem.

Como pode ser vivida ?

         A adolescência deve ser vivida de forma lúdica e intensa. Aproveitar cada ano dela de forma única. Ter certas responsabilidades, mas sem ser muito pressionado. Sair e se divertir com os amigos, ouvindo sempre os conselhos dos adultos sobre as armadilhas da adolescência. Deve ser vivida de um modo natural, em que o adolescente vivencie vários esportes, brincadeiras e situações novas, para que o mesmo adquira experiências para o resto de suas vidas afinal essa de certa forma é a fase de se experimentar e porque não errar para poder aprender a ser cada vez melhor e um cidadão que aprenda os valores individuais e coletivos e se torne um adulto saudável, critico, bem sucedido e acima de tudo FELIZ.

De que forma pode ser feliz?

         A adolescência pode ser feliz se o adolescente tiver amigos, pessoas que se preocupam com ele. Ter uma família com uma base solida, que lhe de todo apoio e suporte de que precisar. E sempre de uma forma natural, prazerosa e estimulante, que ele busque essa vivencia de uma forma positiva para sua vida. Sabemos que nem todos têm essa oportunidade e que de fato acabam tendo de superar as mais diversas situações para conseguir esse objetivo e de fato o consegue, com perseverança, pensamentos positivos, oportunidades e também com o apoio de projetos e de pessoas que também queiram proporcionar uma fase inesquecível para um jovem ser feliz que nem sempre teve todas necessárias condições para um crescimento sadio, situações que deveriam ser naturais como família presente mas que cada vez mais estão ficando escassas nos dias de hoje.

Vivenciando a Adolescência

            A Adolescência é marcada sempre por várias histórias curiosas, engraçadas e ate mesmo dolorosas afinal nem tudo na vida sempre vai ser um “Mar de rosas”  como dizem os antigos, mas como o bom da vida é compartilhar experiências, quem não se delicia ouvindo as historias dos amigos a respeito dessa fase? Pois é cada um possui e vem de uma cultura diferente, de hábitos e experiências diferentes o que torna tudo ainda mais interessante. Sentados em rodas contando cada um sua passagem na adolescência, pode se ter uma ideia da riqueza de informações adquiridas nesse momento né?
            Bom começando pelo Stanley o mesmo disse: “Minha adolescência em geral foi normal, tive vários momentos de “molecagem”, me divertia bastante com meus amigos. Comecei a trabalhar cedo, com 14 anos já tinha um emprego onde tive que ter certas responsabilidades. Em certas ocasiões era dominado pela timidez, principalmente em relação a paquera. Meus pais sempre fora presentes e me davam vários conselhos, que os utilizavam e utilizo para vida toda. tudo na minha adolescência foi inesquecível, principalmente os amigos que nela fiz e que vou levar para o resto da vida. Todos os problemas e erros que cometi serviram para eu aprender e crescer. O Adriano também nos compartilhou essa fase” A minha foi super divertida, pratiquei vários esportes (lutas, futebol e outras), comecei a trabalhar com 14 anos e a estudar a noite. De tanto aproveitar, sofri um acidente na escola e quase morri. A minha adolescência foi de uma importância grandiosa, cresci em um bairro onde pude praticar varias brincadeiras de rua, construir amizades que ainda são do meu convívio e isso tudo fez com que hoje me tornasse uma pessoa feliz que teve em sua adolescência uma historia para guardar para o resto da vida”.
            Continuando a troca de relatos sobre essa fase o André também relata a sua “A minha adolescencia foi extremamente divertida e positiva, eu e meus amigos brincávamos na rua, naquela época não havia muitos carros atrapalhando, nossas brincadeiras eram brincadeiras de rua tais como: rouba bandeira, amarelinha, futebol, finca, bolinha de gude, pega pega e por ai vai, comecei a trabalhar com 14 anos de servente de pedreiro, mais sempre arrumava tempo para brincar com meus amigos.”
            Através do relato dos mesmos podemos ate ter uma noção e comprovação a respeito de uma situação que cada vez mais se torna mais frequente, a questão do trabalho começar cada vez mais cedo na vida dos jovens e por consequência nessa fase ,porem vale ressaltar a importância do apoio dos pais nessa fase para que se torne algo produtivo e não destrutivo afinal essa é a fase de tomada de decisões e de assumir novas responsabilidades.
            Mais um relato elucida nosso bate papo, é o do Wellington que diz: “Vou contar um pouco da minha adolescência. Lembro-me como se fosse hoje, tive uma educação rigorosa dos meus pais, baseado em horários programados para chegar em casa e obrigações caseiras que eram estipuladas por minha mãe. Mas nunca deixei de curtir essa passagem da minha vida que foi de muitas brincadeiras, festas e paqueras. Era um adolescente muito tímido, pois tinha dificuldades em me relacionar com as pessoas. Sendo um dos meus maiores obstáculos que atrapalhavam a minha vida social. Mas ao longo do tempo fui superando a timidez, buscando conviver com pessoas extrovertidas, comunicativas e carismáticas na escola. Busquei também o esporte, como futebol e algumas atividades de classe que a professora aplicava na escola. Foi uma passagem da minha vida que deixou saudades, por serem momentos de incertezas e aprendizagens que me transformaram no homem honesto e de caráter que sou hoje.”
         O relato de uma menina também se faz interessante nesse momento, e ele vem através da nossa integrante Sheila que nos contou também um pouco a respeito dessa fase de sua vida: “Tenho boas e más recordações sobre essa fase, e o que mais me surpreende é o fato de como nossa visão de mundo muda em relação a tudo, naquela época as coisas ditas como “ruins” faziam com que eu ficasse mal e hoje eu vejo o quanto cresci nesses momentos. Lembro-me de como eu sofria com a timidez excessiva e com a dificuldade de adaptação as mudanças físicas e psicológicas desta fase. Para ajudar com a timidez vi no esporte talvez um aliado para me auxiliar na melhoria da minha forma de me expressar e de definir e mostrar a minha personalidade para todos. Poxa como vivi um carrossel de emoções nesta época, como amigos, família enfim tudo e todos. Fazendo uma volta ao passado também me recordo do desejo e ao mesmo tempo indecisão em querer ser “gente grande” ou ser criança pra sempre, enfim de como todos os erros acertos fizeram parte de um aprendizado que me ajudou a ser tudo que sou hoje”.

           Continuando o bate papo, a cada relato pudemos ver o que essa fase significou na vida de cada um e o quanto o impacto das ações ocorridas na mesma foram determinantes para o presente de cada um, e isso só não fez entender cada vez mais a importância de ser estudar e direcionar o trabalho baseado em vários pilares para atender e de fato educar nossos adolescentes. O Rodolfo também conta um pouco dessa fase na sua vida: “essa fase foi bastante proveitosa no ponto de vista da diversão. Eu tinha bastante liberdade para o lazer e gostava de viajar, praticar esportes, participava de festas, namorava as meninas... Mas já no ponto de vista de estudos, minha participação era mediada. O entusiasmo de ir a aula não era tão grande por ter de abandonar o lazer e o estimulo maior acabou vindo de meus pais em forma de cobrança de resultados na escola. Tenho lembranças positivas quanto a vivencia com pessoas diferentes lugares, situações, conceitos enfim aprendi.” E como o bacana disso tudo são juntas as mais diferentes histórias, também ficamos sabendo um pouco mais da adolescência do Flávio que disse: “Minha adolescência foi muito feliz, pois eu vivia em uma comunidade com muitos e variados locais para eu ficar. Sempre fui muito agitado e até mesmo lembro de uma vez que fui fazer um passeio com meus amigos de bicicleta na Lagoa na Pampulha e depois de um dia bacana na volta ela soltou a roda da frente eu bati em um carro parado. Até hoje passo por lá e me recordo dessa cena, me lembro de também de como em alguns momentos certa falta de um poder de decisão maior.” Já o Carlos nos relata sua adolescência dessa forma: “Na minha adolescência na escola Estadual Pedro II eu pude aprender e vivenciar as mais variadas experiências com meus colegas. Pude fazer grandes amizades que duram ate hoje. Na escola pratiquei diversos esportes como futebol, vôlei peteca atletismo, jogos de tabuleiro mas os que mais me destaquei foram os dois primeiros, participei da equipe de competição desses esportes e daí surgiram as primeiras namoradas pois as meninas admiravam esses jogadores. Destes namoros tive minha primeira experiência sexual com a menina mais linda da minha sala na minha formatura da 8ª série ambos sabíamos o que estávamos fazendo, Isso aconteceu no apartamento de um amigo depois de bebermos um pouco a mais. Com o futebol fizemos viagens inesquecíveis. “Como para a cidade de Teixeira onde eu e meus amigos aprontamos muito e ate a polícia acabou entrando no meio, mas foram fatos marcantes demais dessa época.”
         Enfim esse bate papo e a vivência de cada um a respeito dessa fase do veio ressaltar e enriquecer o nosso conhecimento sobre a adolescência e como a cada uma é vivida de uma forma diferente umas das outras e como isso se faz importante para nos enriquecer e auxiliar no processo de conhecimento dos nossos adolescentes e como direcionarmos o conteúdo para os mesmo de forma prazeirosa.

Paralelo entre o Filme "O TRIUNFO" e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

 Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todo jovem deve ter direito de acesso a educação visando seu pleno desenvolvimento. No filme Triunfo, podemos constatar que mais importante do que ter direito a essa educação, deve ser assegurado a permanência dessas crianças e ou adolescentes no âmbito escolar. Na história abordada no filme, o professor através de suas atitudes e profissionalismo soube vencer as adversidades vivenciadas no contexto escolar e familiar de seus alunos, respeitando-os enquanto seres humanos em formação. Através de ações efetivas o professor ajudou seus alunos intervindo de forma positiva nos problemas cotidianos dos mesmos. Cabe dizer, que esta postura adotada pelo mestre, fez com que seus alunos progredissem gradativamente a medida em que eram estimulados a vencer; desta forma, preparando-os para a qualificação profissional e o exercício da cidadania. O professor também respeitou o contexto social dos seus alunos, as suas vivências, seus valores culturais, a história de vida de cada um, buscando alternativas pedagógicas para atingir cada educando. Essas novas propostas didáticas mais apropriadas a seus alunos, experiências novas e estimulantes garantiram a real inserção desses jovens na escolarização e fez com que alcançasse êxito com uma turma que antes era discriminada e dita sem solução. Por isso o título apropriado do filme: O triunfo, já que o professor conseguiu ter sucesso onde só era enxergado fracasso.

O filme tem uma ótima história e é verídica. O professor também se dedica ao máximo com os alunos e acredita no potencial deles. Ao contrário de professores anteriores que se demitiram e desistiram da turma, dos próprios pais e mães, incrédulos na capacidade dos jovens, o professor ao invés de rotular os alunos, procura compreendê-los, cativá-los e apoiá-los em suas dificuldades. Uma coisa também é bem evidente na história: a dedicação do professor com os alunos. O professor visita a casa de cada aluno, ajuda uma de sua alunas com os deveres domésticos, ajuda sua aluna indiana que sofre com os preconceitos do pai machista, limpa a pichação dos alunos, ajuda um aluno que foi agredido pelo próprio pai, dá aulas depois da escola, resumindo, ele dá apoio a qualquer momento. Ele sabe a realidade de cada aluno, sabe quem são e trata cada aluno com dignidade e da importância para cada um, ao contrário dos outros professores que passaram anteriormente pela escola.

O artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, o direito que cada aluno tem de ser respeitado por seus educadores, de ter acesso às fontes de cultura, respeitando-se os seus valores culturais, seus contextos sociais, garantindo o seu desenvolvimento integral. Percebemos que as escolas trazem um sistema de ensino muito rígido em que os alunos muitas das vezes são tratados de forma homogênea, e devem apresentar um padrão de comportamento. Tal sistema traz dificuldades para o processo pedagógico e para os professores já que o tempo escolar é rígido e os alunos muitas das vezes não são considerados por sua realidade, o contexto social em que vivem, e isso não é só culpa dos professores; é em grande parte causado por um sistema inflexível em que tanto os alunos quanto os professores são massacrados por cobranças e resultados rápidos sem considerar as particularidades e diferenças, a heterogeneidade de uma turma. Visto isso, o grupo pensa que o ECA deve ser reformulado acrescentando-se a esse, a proposta de um sistema de ensino mais flexível, em que haja uma conexão da escola e o contexto social de seus alunos, o que muitas vezes não acontece. Dessa forma concluímos que a escola necessita repensar seus espaços, seus tempos e processos pedagógicos, buscando a inserção real de seus alunos e uma parceria com as famílias para alcançar triunfo na escolarização, o real preparo dos alunos para uma qualificação profissional e o exercício da cidadania. Isso pode se concretizar através de ações comunitárias, parcerias entre ONGS, instituições e políticas públicas para atender os alunos e suas famílias em suas dificuldades visando o progresso.



Como mudar a realidade dos jovens e adolescentes?
Podemos mudar a realidade dos jovens e adolescentes nos dias de hoje?  
Nosso grupo de alunos, com o intuito de amenizar a atual carência do primeiro emprego para jovens e adolescentes de todo o país que tem sido, por sua vez, responsável pela constante marginalidade, participação cada vez mais efetiva de jovens no tráfico de entorpecentes na exploração sexual e problemas decorrentes nesta tão importante fase da vida, que outrora se destaca por sua vontade de ter seu primeiro emprego e suprir muitas das vezes a falta do orçamento dentro de suas próprias famílias. Vem com a proposta de um projeto de lei para amenizar tal fato.
“Iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal.”
                                                                                                                                    Victor Hugo.
Veja abaixo a carta às autoridades.

Belo Horizonte, 18 de março de 2011.

Excelentíssimo Sr. Deputado;

É sabido que o mercado de trabalho exige experiência profissional anterior, o que leva o empregador a preferir o trabalhador já experiente ao jovem. O jovem, para sentir-se útil e realizado, precisa de um primeiro emprego que não deverá ter, sob pena de ferir a dignidade pessoal, as características de benemerência ou assistência social, mas de profissionalização.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define em seu artigo 60 que “é proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz”, sendo o trabalho de adolescentes regulado por legislação específica.
A aprendizagem profissional precisa garantir a frequência escolar do adolescente e a atividade deve ser atribuída em conformidade com o seu desenvolvimento. Ainda conforme o ECA serão assegurados todos os direitos trabalhistas e previdenciários, sendo proibido qualquer tipo de trabalho perigoso, insalubre ou penoso.

A atual carência do primeiro emprego a jovens de todo o país tem sido, por sua vez, responsável pela constante marginalidade, participação cada vez mais efetiva de jovens no tráfico de entorpecentes na exploração sexual e problemas decorrentes nesta tão importante fase da vida, que outrora se destaca por sua vontade de ter seu primeiro emprego e suprir muitas das vezes a falta do orçamento dentro de suas próprias famílias, prejudicados pela falta de experiência e mão de obra qualificada, cujas demandas requerem urgência nas empresas.
A fim de solucionar tal problema, os alunos do curso de Educação Física da UNIVERSO-BH envia ao Congresso Nacional esta solicitação de projetos de lei criando subsídios para a melhoria de vida dos jovens e adolescentes tais como:


A empresa que contratar trabalhador com idade inferior a 20 poderá receber incentivos fiscais. A proposta, que tem como objetivo estimular as empresas a contratar o segmento etário mais atingido pelo desemprego.
Em contrapartida, o empregador deverá reservar entre 20% e 50% do tempo total do trabalho do empregado para sua formação e qualificação profissional; o número de empregados contratados deverá ser equivalente a 10% do total de empregados registrados; e terá que ser comprovado acréscimo de postos de trabalho.
Isto posto, rogo o apoio de Vossa Excelência na conquista de tal objetivo, pedindo o Vosso empenho no sentido de solicitar ao Governo Federal um maior aporte de verba orçamentária para o proposto incentivo à contratação de jovens.
.
Respeitosamente,

Adriano Rodrigues
André Luiz de Souza
Carlos Augusto
Flavio Oliveira
Rodolfo Puff
Sheila Augusta de O. Santos
Stanley Patrick
Welington Soares


Belo Horizonte – MG
2011